Praça José Visintainer pede socorro

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Na ensolarada manhã do dia 08 de maio de 1982, a Praça José Visintainer fervilhava de pessoas do povo e diversas autorizadas políticas e administrativas da cidade de Alegrete.

Naquele grandioso dia, o então Prefeito José Rubens Pillar, em jubilosa festa, entregava à comunidade passonovense a recém construída e inaugurada Praça José Visintainer, a Escola Alda Crespo, a ampliação da rede de iluminação pública, as pontes sobre o Arroio Lageado e sobre a Sanga do Odin e, de lambuja, o prédio sede do CDPN.

Estas obras foram realizadas em conjunto pela Prefeitura de Alegrete, Governos Federal, Estadual e também pelo grandemente atuante, e hoje extinto, Conselho de Desenvolvimento de Passo Novo, o CDPN.

Foi um tempo áureo e Passo Novo experimentou, e isso graças ao empenho de políticos comprometidos com Passo Novo e também membros da comunidade que lutavam ferozmente por nossos direitos, um grande salto de desenvolvimento local e regional. Nesse tempo Passo Novo tinha até anseios de virar cidade, dado o seu visível progresso.

Basta ver que tínhamos até subprefeitura e um subprefeito que gerenciava a Vila e ouvia os anseios e demandas da comunidade. Nessa saudosa época, a coisa funciona bem em Passo Novo, tínhamos ruas limpas, patroladas, diversos funcionários que cuidavam a praça, das ruas e arredores da Vila e outras diversas benesses administrativas.

O tempo passou, e o órgão que nos representava, o CDPN, caiu em mãos de administradores despreparados que o levaram ao descrédito e completo ocaso existencial. E a nível político local, hoje, temos uma representação administrativa pífia, insignificante e que poucos resultados trazem em nosso favor.

De outro lado, os políticos e administradores alegretenses que realmente comprometidos com Passo Novo foram morrendo (Pillar, Jardim, Cleni…) ou ficando aparte na vida política (Erasmo, Preta…) e a comunidade ficou à mercê de gente mesquinha, que não dá a menor importância se existimos ou não.

Hoje, a Praça José Visintainer é um claro exemplo do descaso que grassa em Passo Novo por conta da administração de Alegrete, que nos abandonou a própria sorte como se nada fossemos.

É triste andar pelas ruelas e caminhos da Praça e ver o seu estado deplorável, extremamente mal conservada, onde poças d’águas, cordões tortos ou caídos (ou faltantes) fazem contraponto com bancos velhos, mal pintados, com assentos retorcidos, pisos trincados, rachados, esfarelados ou inexistentes (somente terra batida ou britado).

Não raras vezes vemos e ouvimos o noticiário alardear que a administração de Alegrete vai investir, ou investiu, valores para conservar, reformar ou melhorar as praças de lá, de sua zona urbana, mas nunca ouvimos sequer um chiado de quando vão aplicar algum cuidado em nossa Praça José Visintainer.

Não queremos tirar o mérito dos esforços dos funcionários que se esmeram para manter a praça organizada e conservada, que lutam diariamente para mantê-la limpa e aprazível ao público, nós nos insurgimos contra a desídia, o desdém, o desprezo do governo de Alegrete em voltar os seus olhos para nós e nos alcançar aquilo que nos temos direito e merecemos, qual seja: uma vida digna de cidadão brasileiro, vida esta onde esteja inclusa a manutenção e conservação dos nossos próprios públicos (sim, nossos, de Passo Novo, nossa praça, nossas ruas, nossas escolas, nossos prédios públicos, tudo aquilo que nos pertence e nos faz bem), entre eles a nossa amada e histórica Praça José Visintainer, praça em cujo redor floresce a viçosa Passo Novo.

Quem dera pertencêssemos ao vizinho Município de Manoel Viana, que tem uma administração ativa e brilhante (e não opaca como a de Alegrete); se assim fosse, hoje, por certo, estaríamos escrevendo a História de Passo Novo com letras de ouro e não estaríamos nos sujeitando a essa odiosa alienação por parte de Alegrete.

Passo Novo, RS, 17/01/2022.

Da Equipe de Redação.

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